Jornal Correio Braziliense

Economia

Preços de transportes e educação afetaram famílias de baixa renda

Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos

As famílias de baixa renda sentiram mais em janeiro a disparada nos preços dos transportes e educação, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3/2), pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Os gastos com transportes passaram de alta de 0,79% em dezembro para 4,02% em janeiro, enquanto as despesas com Educação, Leitura e Recreação aceleraram de 0,90% para 3,73% no período

Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

[SAIBAMAIS]Em janeiro, seis das oito classes de despesa do índice tiveram taxas de variação maiores em relação a dezembro. O ritmo de aumento de preços acelerou também em Alimentação (de 1,94% em dezembro para 2,63% em janeiro), Habitação (de 0,34% para 1,04%), Despesas Diversas (de 0,17% para 1,80%) e Comunicação (de 0,06% para 0,34%).

Os destaques do último mês foram a tarifa de ônibus urbano (variação de 0,46% em dezembro para 6,11% em janeiro), hortaliças e legumes (de 8,68% para 19,99%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,09% para 2,53%), cursos formais (de 0,00% para 11,40%), cigarros (de 0,00% para 2,71%) e mensalidade para TV por assinatura (de 0,42% para 2,46%).



Na direção oposta, os aumentos foram menores em Vestuário (de 1,04% para 0,39%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,49% para 0,38%), sob influência dos itens roupas (de 1,30% para 0,42%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,72% para -0,11%).

Em janeiro, a taxa do IPC-C1 foi superior à inflação apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br), também calculado pela FGV. O IPC-Br mostrou alta de 1,78% no mês passado, contra a elevação de 1,91% do IPC-C1.

No acumulado em 12 meses até janeiro, o IPC-C1 ficou em 11,42%, patamar também superior ao do IPC-BR, que acumulou aumento de 10,59% no período.