No levantamento por regiões, a Pesquisa Tracking Anamaco revelou que o Norte e o Nordeste tiveram o pior desempenho em janeiro, com retração de 19% e 20%, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve queda de 10%, enquanto o Sul e o Sudeste registraram retração de 7% e 2%.
O estudo também revelou que ainda é forte o pessimismo dos lojistas com relação às ações do governo (54%), mas melhorou o otimismo (de 18% para 22%). Para fevereiro, retrai a intenção de contratação de novos funcionários em todas as regiões do País, exceto no Sudeste, onde tal índice permaneceu estável. Já a pretensão de novos investimentos nos próximos 12 meses aumentou no Norte (de 34% para 38%), mas caiu no Centro-Oeste ( de 39% para 34%) e Nordeste (de 37% para 27%).
Segundo o levantamento, cerca de 40% dos entrevistados acreditam que devem recuperar parte das vendas já no mês de fevereiro. "Estatisticamente, fevereiro sempre vende menos que janeiro, por conta dos feriados e por ser um mês mais curto. Porém, os revendedores estão otimistas de que vamos iniciar o ano logo após o Carnaval, de maneira a equilibrar, já no primeiro trimestre do ano, as vendas em relação a 2015", declarou Conz.
O varejo de material de construção fechou 2015 com retração de 5,8%. Foi a primeira retração anual registrada pelo segmento nos últimos 12 anos. A Anamaco, no entanto, espera que o setor inicie um processo de recuperação em 2016. "Teremos um primeiro trimestre difícil, mas a partir de abril e maio, a nossa previsão é que o setor volte a crescer e, se tudo sair como esperamos, fecharemos 2016 com um crescimento de 6% sobre 2015", finalizou Conz.
A Anamaco também informou que está finalizando os estudos para alterar o método de cálculo do faturamento do setor, em razão das novas medições introduzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seus índices. Um estudo prévio, a ser finalizado em março, apontou que o varejo de material de construção teve um faturamento de R$ 115 milhões em 2015.