O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, apresentou nesta sexta-feira, 29, algumas estimativas do BC para a dívida em janeiro de 2016. Segundo ele, a dívida líquida do setor público deve ter recuo para 35,8% do PIB (estava em 36,0% em dezembro).
[SAIBAMAIS]A dívida bruta do governo geral, por sua vez, deve passar de 66,2% do PIB em dezembro para 66,9% neste mês.
Discrepância
Na entrevista à imprensa para detalhar os resultados de dezembro, Rocha, afirmou que, a partir da próxima divulgação dos dados fiscais, deve haver discrepâncias entre os dados do BC e do Tesouro Nacional. Ele afirmou que o Tesouro registrará as despesas e, o BC, por outra ótica, as despesas e todos os passivos contra a União.
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Ele explicou que em 31 de dezembro havia R$ 11 bilhões nessa conta de saldos negativos, o que foi registrado nos resultados do último mês de 2015.
O valor, no entanto, só será quitado pelo governo em janeiro desde ano, o que irá gerar um déficit para o governo central e um resultado neutro para as estatísticas da autoridade monetária Apenas no fim de cada semestre os dados de cada instituição estarão equivalentes.
Swaps
O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central afirmou que a conta de juros em 2015 foi impactada por resultados dos swaps, que registraram perdas de R$ 7,8 bi em dezembro e de R$ 89,7 bilhões no acumulado do ano passado. "A principal razão de resultado de swaps é a taxa de câmbio, que desvalorizou 47% em 2015", justificou.