Se 2015 foi um ano ruim, o início de 2016 parece estar querendo superar seu antecessor. As bolsas da China voltaram a fechar mais cedo nesta quinta-feira, 7, com apenas 30 minutos de sessão, após o sistema de circuit breaker interromper os negócios. O movimento ocorreu depois de o governo enfraquecer novamente o yuan, o que sinaliza uma tentativa de estimular as exportações e tentar evitar uma desaceleração mais forte da economia. Na primeira reação, o dólar à vista no balcão subiu, mas em seguida apresentou volatilidade.
O sentimento negativo se intensificou após a principal bolsa chinesa, a de Xangai, voltar a despencar, disparando um novo sistema de circuit breaker - que estreou na segunda-feira - pela segunda vez esta semana. O pregão desta quinta durou cerca de 30 minutos e foi o mais curto na história de 25 anos do mercado chinês.
O mau humor foi atribuído a sinais de que o PBoC (o banco central chinês) está disposto a permitir que a moeda chinesa, o yuan, continue se enfraquecendo. Nesta quinta, a autoridade reduziu sua taxa de paridade para o yuan ante o dólar em 0,5%, para 6,5939 yuans por dólar, no maior ajuste desde agosto do ano passado. Trata-se da oitava queda consecutiva, que levou a moeda a renovar as mínimas desde abril de 2011.
Entretanto, os mercados globais de câmbio ainda sofrem a influência da divulgação da ata do Federal Reserve no fim da tarde de quarta. O documento foi bem mais ameno do que o esperado, apoiando um enfraquecimento nas apostas de alta dos juros americanos nos próximos meses. Entre outros pontos, os dirigentes do Fed citaram uma "significativa preocupação" com a inflação e a expectativa de que a economia justifique elevações "apenas graduais" da taxa de juros.
A ata foi divulgada às 17 horas, o que deu pouco tempo para o dólar à vista, que fechou às 17h15, reagir. A moeda terminou com alta de 0,36% ontem. Já o dólar futuro, que teve mais tempo de digerir a notícia, chegou a virar brevemente para o negativo no fim do pregão da quarta, mas terminou com alta de 0,46%.
Neste início de sessão de quinta, o dólar no balcão tem pequenas oscilações para cima e para baixo, enquanto o futuro sobe desde a abertura. Às 9h38, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 4,0463, em meio a ofertas de exportadores num ambiente de baixo giro. Enquanto isso, o dólar para fevereiro subia 0,30%, a R$ 4,0745.