As principais regiões em queda foram o Sul, com 11,1%, e o Sudeste, com retração de 2,4% no consumo de energia. Na contramão, as regiões Norte (8,4%), Nordeste (0,9%) e Centro-Oeste (0,6%) registraram alta no consumo. Ainda assim, a EPE destaca que "A conjuntura econômica desfavorável, caracterizada pelos juros elevados, piora do mercado de trabalho, crédito restrito e inflação vem influenciando de modo significativo a confiança e o poder de compra consumidor e, consequentemente, o desempenho do consumo de eletricidade da classe comercial".
A queda no consumo de energia doméstica foi de 2,2% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2014. É o sétimo recuo consecutivo neste ano, e o maior para o mês de novembro em 12 anos - puxado, sobretudo pelas regiões Sudeste e Sul, com queda de 4,8% e 9,4% respectivamente. No Nordeste, o consumo cresceu 0,7% em novembro. Norte (17%) e Centro Oeste (4,5%) também registraram altas, devido ao forte calor no período e a expansão da base de consumidores.
Somente em São Paulo, que representa quase 30% de todo o consumo residencial do País, a redução chegou a 7,1%. "O desempenho da classe residencial, especialmente no Sudeste e no Sul, pode ser atribuído aos reajustes da tarifa de energia elétrica, como vem sendo apontado nas edições desta Resenha, e à piora no mercado de trabalho observada nos últimos meses", avalia a EPE.