Jornal Correio Braziliense

Economia

Empreendedores que acreditaram no crescimento do país perderam quase tudo

A realidade hoje para muitas família é regada a orçamento deficitário, calotes, decepção e incertezas. Ainda vai piorar muito antes de melhorar



[FOTO2]Da terra do ouro, em Jacobina, na Bahia, à maior favela do Brasil, o Sol Nascente, no Entorno do Distrito Federal, a trajetória de Marcelo da Silva Sá, 35 anos, mostra uma vida de luta contra a pobreza. ;Pensei que tinha conseguido me livrar dessa praga, mas não é que ela voltou a me perseguir;, diz. De um ano para cá, Marcelo perdeu quase tudo o que conquistou. ;O futuro de uma vida melhor insiste em se afastar de mim;, lamenta.

[SAIBAMAIS]O baiano chegou à capital do país em 1997. Não foi uma chegada fácil. ;Passei necessidades extremas;, afirma. Mas o esforço e a insistência trouxeram recompensas. À medida que o país foi retomando o crescimento econômico e a inflação, entrando nos eixos, no início dos anos 2000, ele montou uma pequena distribuidora de doces e balas. Fazia entregas de moto a mais de 40 clientes e faturava R$ 3 mil por mês.

Apesar de ter poucos luxos, não passava dificuldades. Mas, desde que a crise econômica se aprofundou, Marcelo sentiu o baque. Os clientes começaram a dar calote. Sem dinheiro e com o alto preço da gasolina, ele não conseguiu manter a moto, que vendeu para pagar os aluguéis atrasados da casa em que morava. Sem entregar os pontos, passou a oferecer doces e balas dentro de ônibus e na rua. O que faturava, porém, mal dava para comer.

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