Jornal Correio Braziliense

Economia

Projeções para IPCA de 2016 sobem de 6,80% para 6,87%, aponta Focus

No caso de 2015, a mediana avançou de 10,61% para 10,70%, registrando a 14a semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável

Mesmo com a aproximação do fim do ano, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,87% ante 6,80% da semana passada e de 6,64% de quatro semanas atrás. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/12) pelo Banco Central, que já avisou não focar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta. A mediana das previsões para 2017 é atualizada pela instituição a partir das 9 horas.

No caso de 2015, a mediana avançou de 10,61% para 10,70%, registrando a 14a semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 10,33%. No Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,72% para 10,77%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 10,53%. Para 2016, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas, elevou a perspectiva para o IPCA de 7,21% para 7,28%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,98%.


No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência. Um novo RTI será divulgado depois de amanhã.

Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,90% para 0,98% de uma semana para outra ante taxa de 0,82% verificada há um mês. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás estava em 0,82%. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente voltaram a subir, passando de 7,01% para 7,04% - quatro edições atrás estavam em 7,13%.