A Fazenda ressaltou, em nota, a confiança na capacidade da economia brasileira de retomar um ciclo de crescimento. "Apesar dos indicadores de curto prazo e da incerteza atual, a economia brasileira tem fundamentos positivos e sólidos. O endividamento das famílias brasileiras é baixo, o que facilita a retomada do consumo, passadas as dúvidas sobre a política econômica. A base industrial é robusta e diversificada, capaz de reagir com presteza e vigor aos novos preços relativos", frisou.
A equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que já avisou para a presidente Dilma Rousseff que não continuará no governo, afirmou que está confiante nos fundamentos da economia, e que o governo brasileiro e o ministério estão engajados em atacar os desequilíbrios fiscais existentes, buscando um orçamento de 2016 robusto, que proporcione sustentabilidade à dívida pública, confiança ao mercado e tranquilidade às famílias. Levy, porém, foi derrotado pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que conseguiu apoio de Dilma para que a meta fiscal do ano que vem seja flexível, podendo variar entre zero e 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo a FazendaPara alcançar seus objetivos fiscais, inclusive de superávit primário, o governo, tem exercido a disciplina no gasto discricionário e sinalizado a importância de enfrentar os gastos obrigatórios, inclusive da Previdência Social. Além disso, com o apoio da maioria do Congresso Nacional, tem promovido a votação de novas receitas, que respondam às demandas da economia e da sociedade, distribuindo o esforço fiscal de maneira equitativa entre os diversos segmentos de renda da população e criando um ambiente favorável à desindexação e ao financiamento, notadamente de longo prazo, da economia nacional.