Especialistas e amigos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não veem sentido na permanência do economista no cargo, dado o enorme constrangimento que ele vem sofrendo à frente da pasta. A próxima semana será decisiva para a saída ou não do ministro.
[SAIBAMAIS]Nos últimos dias, Levy sinalizou a parlamentares que deixaria o cargo se a meta de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), for reduzida para zero.
Essa proposta será apresentada na forma de emenda aglutinativa pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) na votação da LDO em sessão conjunta do Congresso Nacional, prevista para a próxima terça-feira, e, se aprovada, acabará com um dos pilares do ajuste do ministro.
;Levy já deveria ter deixado a pasta em julho, quando foi anunciada a redução da meta fiscal de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,15% neste ano;, avaliou Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do Banco Central e presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF).
Inevitável
;Ele não quis sair antes porque não queria provocar uma crise. Mas, evidentemente, essa saída é inevitável se a meta fiscal for zerada. Ele não terá mais nada a fazer neste governo;, destacou Freitas, lembrando que a chegada do ministro no início do ano apenas ajudou a retardar o rebaixamento do país. Em setembro, após o governo enviar ao Congresso a proposta de Orçamento de 2016 com deficit de R$ 30,5 bilhões, a Standard & Poor;s retirou o selo de bom pagador do Brasil.
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