Quando o assunto é competitividade ; capacidade de produzir mais e melhor com menos recursos ;, o Brasil ocupa as piores posições nos rankings internacionais. No Índice de Competitividade do Talento Global, que mede a qualidade do capital humano, o país está em 49; lugar entre 93 países. Na produtividade por trabalhador, fica ainda mais abaixo, na 64; posição. As razões para essas disparidades, dizem especialistas, são educação deficiente ou inapropriada para o mercado de trabalho, alto índice de analfabetismo, queda dramática nos investimentos e excesso de burocracia, além da nódoa cultural da corrupção, do jeitinho brasileiro e do desinteresse do próprio funcionário em melhorar sua condição.
;Tudo converge para a educação. Começa na capacitação;, resume Luiz Gonzaga Bertelli, presidente dos conselhos diretor e de administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Há, destaca, um pernicioso e intencional afastamento da tecnologia de ponta, resultado de um problema que se tornou endêmico no país: o temor da matemática por jovens e adultos. ;Uma sociedade sem bons conhecimentos matemáticos é pouco competitiva no mercado internacional;.
Bertelli lembra que estudo encomendado pelo Instituto Círculo da Matemática aponta que 75% das pessoas pesquisadas, em 25 cidades, não sabem calcular média simples, 63% não conseguem responder a perguntas sobre percentuais, 75% não entendem frações e 69% não fazem contas com taxas de juros. ;A matemática é a base para a engenharia. Quanto mais um país cresce, mais precisa de profissionais dessa área. Mas temos problemas piores: 25% da população é analfabeta, outros 25% não entendem o que leem, além de milhões que cultivam a ignorância desejada, isto é, são alienados;, lamenta.
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