O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu enfaticamente a proposta do senador José Serra (PSDB-SP), para impor um teto na dívida pública e sinalizou que esse será o caminho para que os juros caiam. Para ele, é preciso que a dívida não aumente no mesmo ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) e, nesse sentido, esse tema é um marco para a discussão para se criar os instrumentos para o governo priorizar os gastos obrigatórios e garantir uma trajetória estável para a dívida e para a economia e a renda do trabalhador.
[SAIBAMAIS];A gente tem que ter coragem de botar metas para frente e só assim consegue enfrentar as questões do dia-a-dia;, disse Levy, nesta quarta-feira (18/11), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
;Essa proposta do teto da divida tem um elemento de desafio mas pode nos servir muito bem se acompanhada de outras medidas que vão enfrentar a questão do gasto público, principalmente, corrente, que não pode crescer acima do PIB e que que devidamente tratado vai nos ajudar aos juros cair e convirja a dívida a níveis sustentáveis para o crescimento do país;, completou o ministro, com voz rouca e numa sala bem menos vazia e concorrida do que no início de seu mandato, quando era o todo-poderoso do ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, esse será o caminho para que, mais para frente, as taxas de juros caiam.
O titular da Fazenda ainda aproveitou a ocasião para elogiar a atuação do Congresso Nacional em manter os vetos presidenciais sobre as pautas-bombas que aumentam os gastos da União, como o reajuste de até 78,5% dos servidores do Judiciário. Os deputados, por seis votos, não conseguiram derrubar o veto ao projeto de lei que custaria R$ 36 bilhões aos cofres da União até 2019. ;Acho que foi de grande relevância. A Câmara decidiu pela manutenção dos vetos e o Senado teria manifestado apoio aos vetos;, disse Levy.