Jornal Correio Braziliense

Economia

Em um ano, comércio perde 157 mil empresas devido a agravamento da recessão

Retração do consumidor, juros altos e desemprego agravam situação do setor, que vive a maior crise da sua história. Vendas devem cair 7,9% neste ano, segundo a CNC

Às vésperas do Natal, o comércio deveria estar no melhor momento de vendas. Mas o que se vê, com o agravamento da recessão, é um número sem precedentes de lojas fechando as portas. Em agosto, o número de empresas com funcionários registrados com carteira assinada caiu 7,5% no acumulado de 12 meses, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O crescente número de lojas e salas comerciais com anúncios de ;vende-se;, ;aluga-se; ou ;passo o ponto; é reflexo do encerramento das atividades de mais 157,7 mil estabelecimentos comerciais no país.

Dados do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) aponta que, na capital, há mais de 2,9 mil estabelecimentos fechados, entre lojas e salas comerciais. Em maior ou menor volume, o setor nunca havia registrado, antes de 2015, queda no volume de empresas que declaram informações sobre os empregados ao Caged. Desde fevereiro, quando o número de firmas encolheu 2,5% em 12 meses, o tombo só se agrava. Em meio a um ambiente recessivo, com inflação alta, juros nas alturas e aumento do desemprego, as famílias, endividadas, estão reduzindo radicalmente o consumo.

Esse cenário tem provocado quedas constantes no volume de vendas. Como consequência disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do comércio registrará, neste ano, o pior resultado da série histórica medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1948. Segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o setor terá queda de 7,9%.

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