Jornal Correio Braziliense

Economia

2015 caminha para se consolidar como um dos piores anos para comércio

Segundo ao Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo a expectativa é de que as vendas encolham 3,6% este ano, muito próximo do pior resultado já registrado

Mesmo às vésperas do Natal, a data comemorativa mais importante para o comércio brasileiro, a confiança dos empresários continuou caindo em outubro. O índice recuou 3,0% em relação a setembro, para 79,4 pontos, já descontados os efeitos sazonais, informou nesta segunda-feira (9/11) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Ante outubro do ano passado, a queda é ainda maior, de 26,5%.

"Para a CNC, o ano de 2015 caminha para se consolidar como um dos piores para o comércio", afirmou a entidade em nota. A expectativa da CNC é de que as vendas encolham 3,6% este ano, muito próximo do pior resultado já verificado até hoje na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que foi de baixa de 3,7% em 2003.

A insatisfação dos empresários com as condições atuais da economia é a principal razão da queda da confiança. Em outubro, esse indicador recuou 7,1% ante setembro e cedeu 48,2% ante outubro de 2014, ao menor nível da série histórica, iniciada em março de 2011. Segundo a CNC, 94% dos seis mil empresários entrevistados avaliam que a economia está pior do que no ano passado.



As expectativas tampouco são animadoras. Embora seja o único índice que se mantém na zona positiva (100 pontos), a previsão para o futuro piorou 2,1% em outubro ante setembro. Ao todo, 46,5% dos entrevistados acreditam que a economia vai piorar nos próximos meses.

"Nem a proximidade do Natal deu incentivo ao subíndice que mede a intenção de investimentos e contratações por parte dos empresários do setor. Com o ajuste sazonal, o componente apresentou queda de 2,1% em relação a setembro e recuo de 24,6% ante outubro do ano passado", notou a CNC.

"Ainda que tenham apresentado uma desaceleração no ritmo de queda em outubro, os resultados dos índices de expectativas e de intenções de investimento dos empresários continuam indicando baixa capacidade de recuperação do comércio no médio prazo", disse a entidade em nota.