O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continua no cargo. A informação foi transmitida nesta sexta-feira, 16, pela assessoria de comunicação do ministério, a pedido de Levy. O ministro voltou da reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Junta Orçamentária e, uma hora depois, demandou que sua assessoria transmitisse a mensagem.
"Ele não pediu demissão, não existe carta de demissão. Levy continua trabalhando e se esforçando pelo futuro do País", informou a assessoria de imprensa aos jornalistas.
No fim da tarde, surgiu o rumor de que Levy teria redigido uma carta de demissão para apresentar a Dilma hoje à tarde.
Nos últimos dias, aumentou muito a pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de parlamentares do PT e de sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) pela demissão de Levy. Eles entendem que o ministro mantém discurso excessivamente concentrado no ajuste fiscal e tem visão de tesoureiro, e não uma perspectiva mais ampla da política macroeconômica. Isto é, Levy não seria capaz de conduzir o País para além do ajuste fiscal, num cenário de crescimento e agenda positiva.