Um dia depois de registrar a maior alta porcentual desde 13 de março, o dólar voltou a operar em baixa nesta quarta-feira (14/10) em sintonia com o comportamento da moeda no exterior. A divisa perdeu R$ 0,05 de ontem para hoje, ainda se mantendo na casa de R$ 3,80.
O dólar terminou a sessão em baixa de 2,8%, a R$ 3,813. Na mínima, marcou R$ 3,8100 e, na máxima, R$ 3,8940. No mês, acumula perda de 3,93% e, no ano, sobe 43,80%. No mercado futuro, a moeda operava, às 16h35, em queda de 2,02%, a R$ 3,840.
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A divisa abriu em alta a sessão de hoje, mas virou para baixo minutos depois. Chegou a marcar novas elevações, mas depois firmou-se em queda, em sintonia com o exterior. Os dados divulgados nos Estados Unidos - e que elevaram as chances de que a alta de juros no país deve ficar para 2016 - foram fundamentais para a cristalização desse comportamento. Foram divulgadas as vendas no varejo, que subiram 0,1% em setembro ante agosto, abaixo da previsão de alta de 0,2%, e estoques nas empresas, que ficaram estáveis ante previsão de elevação de 0,1% Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI) caiu 0,5% em setembro ante agosto, mais que a previsão de -0,2%.
À tarde, nos EUA, foi divulgado o Livro Bege, com efeito de baixa sobre a moeda norte-americana, que perdeu força ante outros ativos e, no Brasil, renovou mínimas. O documento aparentou menos otimismo com relação à atividade econômica nos EUA do que o Livro Bege divulgado no início de setembro. Dos 12 distritos do Fed, 9 relataram expansão modesta ou moderada, menos do que os 11 que fizeram esse relato no documento anterior
Além disso, a regional de Kansas City relatou "leve declínio" na atividade no documento publicado hoje, enquanto no anterior nenhum distrito havia feito essa observação.
Os dados do fluxo cambial divulgados hoje não influenciaram as cotações. até o dO Banco Central informou que o fluxo ficou negativo em US$ 1,618 bilhão em outubroia 9. Apenas na semana de 5 a 9 de outubro, houve ingressos de recursos acima dos envios, num total de US$ 737 milhões.