O dólar à vista está volátil nesta quarta-feira (14/10). Após subir nos primeiros negócios, diante da persistente cautela interna com a política, a moeda perdeu força e caiu em sintonia com o exterior.
[SAIBAMAIS]A queda se ampliou depois da divulgação de vendas no varejo e inflação ao produtor dos EUA abaixo do esperado. Os indicadores reforçaram sinais de que a economia norte-americana está fraca, o que pode impedir o Federal Reserve de elevar os juros neste ano.
Lá fora, o enfraquecimento da moeda americana também se justifica por expectativas de estímulos na China, após novos dados de inflação mais fracos no país, segundo analistas.
Apesar do recuo, a cautela se mantém no mercado diante das indefinições no cenário político. O governo ganhou tempo para tentar recompor sua base de apoio no Congresso, após as liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenderem na terça-feira (13/10) os ritos definidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar encaminhamento aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Já a oposição prometeu apresentar uma nova solicitação de impedimento, porém somente na sexta-feira, 16. Eduardo Cunha tem dez dias para se pronunciar oficialmente sobre as decisões do STF.
Às 9h51, o dólar à vista estava na mínima, a R$ 3,8510 (-0,54%). A máxima foi de R$ 3,8940 (%2b0,57%). dólar futuro de novembro também estava no piso intraday, a R$ 3,8685 (-1,29%), ante máxima de R$ 3,9175 (-0,04%).
Em Nova York, o dólar recuava a 119,32 ienes; o euro subia para US$ 1,1442. O dólar recuava ante o dólar australiano, o peso chileno e o peso mexicano.