Jornal Correio Braziliense

Economia

FMI propõe reformas para o Brasil e alerta para risco em emergentes

Medidas para melhorar a educação e o mercado de trabalho são algumas das recomendações

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou nesta quinta-feira (8/10) para maiores riscos nos países emergentes e recomendou que o Brasil tome medidas para melhorar o ambiente de negócios, incluindo reformas na educação e no mercado de trabalho, que ajudem o País a aumentar sua competitividade, de acordo com a Agenda de Política Econômica da dirigente, divulgada nesta quinta-feira, quando começam as plenárias da reunião anual do FMI em Lima.



A previsão de crescimento para a economia mundial voltou a ser reduzida esta semana pelo FMI e, no texto divulgado hoje, Lagarde menciona novamente a expressão que usou em outras reuniões da instituição, o risco de a expansão mundial entrar em um patamar "novo medíocre".

Lagarde ressalta que as respostas dos diversos países a esse cenário mais adverso da economia mundial tem variado, mas volta a mencionar que alguns emergentes estão com menos espaço para usar políticas para lidar com esse cenário. "O escopo para flexibilizar a política fiscal e monetária é limitado pela inflação, dívida pública ou riscos nos balanços das empresas."

A recomendação de Lagarde é que os governos fiquem atentos aos riscos para a estabilidade do sistema financeiro, ao mesmo tempo em que tentam estimular o crescimento econômico, o investimento e empreender reformas estruturais. Nos países desenvolvidos, a inflação baixa permite que os bancos centrais continuem com suas políticas monetárias acomodatícias. Para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Lagarde destaca que uma comunicação clara da estratégia de elevação dos juros é essencial.