Sem separar dinheiro para pagar ao menos os juros, é inevitável que a dívida cresça. E, com o PIB cadente, ficará cada vez mais assustadora. ;As agências que não rebaixaram ainda o país provavelmente não se deram conta dessa tendência. Quando perceberem, a perda do grau de investimento do Brasil será inevitável;, apostou o economista do Mizuho.
Para Rostagno, nos últimos meses do próximo ano, a proporção da dívida ultrapassará a barreira de 70% do PIB, um patamar assustador para um país emergente. Encerrará 2016 em 71%. No ano seguinte, serão 73%. E em 2018, 74%.Quando Dilma Rousseff assumiu a Presidência em 2011, essa relação era de 53,4%.
Sem a anuência de duas agências ao menos, fundos de investimentos mais conservadores passam a ser proibidos de comprar papéis do governo brasileiro. O acesso a um mercado de US$ 15 trilhões fica reduzido a US$ 5 trilhões. Com menor mercado para seus títulos, o governo terá de pagar juros mais altos. Mas o prejuízo vai muito além, porque as empresas brasileiras também passarão a ter restrições de crédito. Devem investir menos, empurrando a economia para baixo.
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