O banco central da Rússia optou nesta sexta-feira (11/9) por manter inalterada sua taxa básica, em 11%, depois de reduzir cinco vezes neste ano, alegando um sério deterioração econômico vinculado a depreciação do rublo.
A instituição anunciou também que o PIB russo sofrerá uma contração entre 3,9% e 4,4%, piorando sua previsão anterior (de uma contração de 2,2%). O governo prevê uma contração da economia de 3,3%.
A manutenção da taxa em 11% era esperado pelos analistas, dado que o banco central se encontra diante do dilema de cortar os juros para incentivar a economia ou de subi-los para defender o rublo, muito desvalorizado pelos preços do petróleo.
A taxa de juros chegou a 17% em dezembro, quando o rublo despencou por causa da desvalorização do barril de petróleo -que junto com o gás constitui a principal fonte de receitas do país- e das sanções impostas pelos países ocidentais por causa da crise na Ucrânia.
A crise monetária jogou o país na recessão, mas com a redução da pressão sobre o rublo o BC pôde reduzir a alta taxa de juros. "A situação econômica dependerá dos preços da energia e da capacidade da economia para encarar os choques externos", indica el BC, que aposta em um barril a 50 dólares durante os próximos três anos.