Após alcançar na quinta-feira (10/9) o maior valor em quase 13 anos, de R$ 3,8620, em alta de 1,69%, numa resposta ao rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard and Poor;s (S), o dólar à vista no balcão abriu em baixa nesta sexta-feira (11/9). O recuo ocorre com uma realização de lucros, fluxo de entrada de exportadores e ajustes diante dos sinais mistos da moeda no exterior. Além disso, notícias sobre as tentativas do governo de anunciar cortes de gastos e de pessoal, no sentido do ajuste fiscal, contribuíram para o alívio.
[SAIBAMAIS]Na quinta, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a presidente da República, Dilma Rousseff, colocará em prática a partir desta sexta-feira uma reforma administrativa que tem por objetivo cortar gastos e dar mais eficiência à gestão. Mas nesta sexta o governo ainda não fez nenhum anúncio. Ao mesmo tempo, o risco de as agências Fitch e Moody;s seguirem o mesmo caminho da S também está no radar.
Às 9h58, o dólar à vista no balcão reduzia a queda para R$ 3,8580, com -0,10%. Na abertura, foi cotado a R$ 3,8420 (-0,52%).
No mercado internacional, a cautela predomina diante das persistentes incertezas sobre a reunião de política monetária do Federal Reserve, na próxima semana (dias 16 e 17). Os investidores também aguardam dados da China previstos para o fim de semana, até porque a desaceleração da China é o principal fator que apoia a diminuição das apostas no início da alta de juros pelo BC dos EUA agora.