Os países do G-20 irão renovar seu compromisso de evitar a depreciação intencional de suas moedas para aumentar a competitividade de seus produtos, afirmou um oficial sênior do Tesouro dos Estados Unidos neste sábado. A perspectiva de crescimento baixo pode incentivar diversos países a depreciar suas taxas de câmbio, na tentativa de impulsionar a economia local, uma política que aumenta a rentabilidade das exportações, mas que alimenta tensões no comércio internacional.
"Existe um claro entendimento de que desvalorizações competitivas representam uma ameaça a todos e que precisamos evitar isso", afirmou a autoridade.
[SAIBAMAIS]
A decisão repentina da China, no mês passado, de desvalorizar sua divisa inicialmente trouxe temores de que Pequim estaria seguindo sua política de usar o yuan depreciado para impulsionar o crescimento econômico.
No entanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a desvalorização foi causada pela decisão de Pequim de permitir que as pressões do mercado tivessem um papel mais importante na precificação da moeda. Dessa forma, os temores quanto à desaceleração da economia chinesa pressionaram o yuan, avaliou o FMI, em uma depreciação natural.
Autoridades dos Estados Unidos reconheceram que a desvalorização do yuan foi pequena, se comparada à alta de aproximadamente 15% no ano passado. Também aceitaram que a mudança da política de Pequim quanto ao câmbio, de tornar as oscilações mais atreladas ao mercado, foi parte de esforços para incluir a moeda local na cesta de divisas de reserva do FMI, conhecida como SDR.
No entanto, os EUA se mostram preocupados com a possível continuidade da desvalorização da moeda chinesa, que poderia levar Pequim a mudar sua política de câmbio novamente. Para a autoridade do Tesouro, o teste será se a China irá permitir uma apreciação do yuan.