O Tesouro Nacional registrou um rombo de R$ 7,2 bilhões nas contas do governo central em julho, o maior da história para o período desde 1997, ano do início da série. A receita líquida combinada de Tesouro, Banco Central e Previdência Social foi de R$ 91,037 bilhões contra uma despesa total de R$ 98,261 bilhões.
No acumulado do ano, o deficit foi de R$ 9,1 bilhões e também foi recorde. A receita líquida teve queda real de 3,7% nos primeiros sete meses do ano, descontada a inflação do período, somando R$ 604,338 bilhões. Já as despesas cresceram 0,4%, para R$ 613,388 bilhões, na mesma base de comparação. Com isso, no acumulado em 12 meses, o resultado primário ficou negativo em R$ 43,9 bilhões, ou seja, 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado longe da meta reduzida de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 8,7 bilhões.
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O rombo da Previdência de um salto de quase 30%, passando de R$ 31,206 bilhões, de janeiro a julho de 2014, pra R$ 40,356,8 bilhões.
Nenhum imposto federal registrou aumento na arrecadação de janeiro a julho, refletindo a crise econômica de 2015. A Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL), por exemplo, encolheu 8,6%, para R$ 41,783 bilhões. A receita com dividendos de estatais e bancos públicos também encolheu no período, passando de R$ 11,654 bilhões, em 2014, para apenas R$ 3,442 bilhões, este ano, um tombo de 70,5%.
As despesas com investimentos encolheram 36,6%, para R$ 33,127 bilhões de janeiro a julho. Uma queda de R$ 19,111 bilhões. Enquanto isso, os gastos com subsídios e subvenções tiveram um acréscimo de R$ 13 bilhões, passando de R$ 6,147 bilhões, em 2014, para R$ 18,759 bilhões, neste ano, salto de 205,2%.