Jornal Correio Braziliense

Economia

Escritório do Orçamento do Congresso reduz projeção de PIB dos EUA em 2015

O CBO projeta que a receita aumentará 8% neste ano, enquanto os gastos devem subir em 5%

Analistas federais do orçamento reduziram suas estimativas para o crescimento da economia dos Estados Unidos, em mais um corte na projeção. Agora, preveem crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, quando em janeiro esperavam 2,9%, informou o Escritório do Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês). Por outro lado, as previsões para os próximos anos foram revisadas em alta: os analistas esperam agora alta de 3,1% no próximo ano, de 2,9% anteriormente, e de 2,7% em 2017, de 2,5%.

A agência apartidária afirmou que o déficit no orçamento federal para o ano fiscal encerrado no dia 30 ficaria US$ 60 bilhões abaixo de sua projeção de março, em grande medida refletindo o surpreendente impulso nos impostos federais recebidos neste ano. A mais recente projeção do CBO aponta que o déficit deve ficar em US$ 426 bilhões neste ano, ou 2,4% do PIB, no patamar mais baixo desde 2007. No ano passado, o déficit foi de US$ 483 bilhões, ou 2,8% do PIB.

O CBO projeta que a receita aumentará 8% neste ano, enquanto os gastos devem subir em 5%. O relatório do órgão realizou vários outros ajustes na perspectiva. O escritório prevê agora que a taxa de desemprego caia para 5,2% no quarto trimestre deste ano e para 5% no quarto trimestre de 2017. Antes, previa 5,5% em 2015 e 5,3% em 2017.


A inflação também deve ficar um pouco mais baixa. O CBO projeta que o núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos e energia, avançará 1,8% neste ano, quando antes esperava 2%.

A projeção aponta para o juro da T-note de 10 anos subindo para uma média de 2,4% no segundo semestre do ano, chegando a 4,2% no fim de 2019. No total, os custos de juros mais baixos para o governo dos EUA reduzirão os déficits projetados ao longo da próxima década em US$ 200 bilhões, na comparação com as projeções de março.

A perspectiva fiscal um pouco melhor não fez nada, porém, para romper o impasse em torno do orçamento no Congresso. Os republicanos e os democratas não fizeram progresso para determinar como estabelecer os níveis de gastos para o ano fiscal iniciado em 1; de outubro e os congressistas terão apenas dez dias de trabalho legislativo para aprovar as leis para financiar o governo, quando eles voltarem do recessão de verão após o Dia do Trabalho.