Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar abre em baixa em dia de correção nos preços após medidas da China

Moeda atingiu R$ 3,51 na abertura do pregão

O dólar abriu em queda ante o real nesta terça-feira (25/8) evidenciando uma correção da apreciação exagerada na "segunda-feira negra". O comportamento no mercado brasileiro está em linha com o exterior. A moeda americana também perde valor em relação a moedas de países emergentes e economias ligadas a commodities.

A correção nos ativos é uma reação ao exagero de ontem e às medidas do governo chinês para favorecer a recuperação do crescimento do gigante asiático. A China cortou os juros e liberou uma maior parte dos depósitos compulsórios feitos pelos bancos a fim de estimular o crédito de empreendedores e investidores.

[SAIBAMAIS]Às 9h35, o dólar recuava 0,87% ante o real e chegava a R$ 3,5280 Da abertura às 9h até agora, a desvalorização da moeda americana ante a brasileira desacelerou. Na mínima da sessão, a queda chegou a 1,12%, e a cotação ficou em R$ 3,5190. O dólar para setembro de 2015 abriu a R$ 3,5370, com queda de 0,66% no mesmo horário acima.

A desaceleração se dá em meio à cautela dos agentes de câmbio diante da farta agenda de indicadores local e dos Estados Unidos e ainda quanto à pauta política doméstica. Há grande expectativa se o ministro do TCU Augusto Nardes vai aceitar ou não o pedido de mais 15 dias feito ontem pelo governo para se explicar sobre os indícios de irregularidades nos seus gastos em 2014. O prazo adicional de 15 dias já dado ao governo no começo de agosto vence nesta quinta-feira.

Em entrevista à uma rádio paulista mais cedo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que é o País vive um momento de dificuldades. Disse que esse momento não é particular do Brasil e citou que os mercados em todo o mundo viveram o "que já está se chamando de ;segunda-feira negra;". "Quanto mais pessimismo houver, mais longa será a travessia (pelas dificuldades que o Brasil enfrenta)", afirmou.



No cenário doméstico, o IBGE divulgou mais um dado que confirma a deterioração do mercado de trabalho. Segundo a PNAD Contínua, a taxa de desemprego subiu para 8,3% no segundo trimestre deste ano, ante 7,9% no primeiro trimestre.

Mais cedo, a FGV divulgou que a confiança do consumidor caiu 1,7% em agosto ante julho, para 80,6 pontos - menor nível da série histórica iniciada em 2005.