A indústria brasileira apresentou um aumento no índice de produção em julho ante junho mas, mesmo assim, permanece em queda. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de produção marcou 44 pontos no mês passado, um aumento de 3,7 pontos em relação à junho.
[SAIBAMAIS]Segundo metodologia de pesquisa da CNI, o resultado ainda demonstra a manutenção da queda da produção industrial já que está abaixo dos 50 pontos. Pela metodologia da pesquisa, os indicadores abaixo de 50 significam queda da produção.
A utilização da capacidade instalada subiu para 66% em julho, ante 65% em junho. De acordo com a CNI, o indicador permanece abaixo dos registrados no mesmo mês em anos anteriores.
Os estoques apresentaram queda. Em julho, o indicador retrocedeu para 50,7 pontos ante 52,1 em junho, ficando próximo à estabilidade. Os estoques estão acima do nível desejado, com o indicador que mede o estoque efetivo planejado em 53,1 pontos.
A CNI reconheceu que se aproxima um período de atividade mais favorável, mas relatou que as perspectivas das empresas sobre demanda e compras de matérias-primas seguem inalteradas em agosto, mostrando pessimismo. Segundo a entidade, a expectativa de evolução do número de empregados evoluiu mas permanece pessimista. O indicador subiu para 4,2 pontos em julho, um aumento de 1,1 ponto ante junho.
O índice de quantidade exportada permanece estável sobre a linha divisória de 50 pontos, o que implica na expectativa de estabilidade do volume exportado.
A CNI ressaltou que a situação financeira das empresas se deteriorou no segundo trimestre, e atribuiu o cenário à baixa atividade econômica, aliada às políticas fiscal e monetária contracionistas. O indicador de situação financeira ficou em 39 3 pontos e o do lucro operacional em 33,4 pontos. Ambos estão abaixo de 50 pontos e refletem insatisfação, de acordo com a metodologia usada pela CNI.