O despacho aduaneiro em portos, aeroportos e fronteiras deverá parar, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, gerando um prejuízo diário à sociedade de cerca de R$ 1,5 bilhão, nos cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). O motivo da paralisação ; que o governo tentou evitar para não sofrer baixa ainda maior na arrecadação ; foi a decepção da classe com o resultado da reunião de mais de duas horas com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e o secretário da Receita, Jorge Rachid, na tarde de ontem. O encontro chegou ao fim sem avanços em pontos considerados fundamentais, como indenização de fronteiras (ainda não regulamentada) e aprovação de um bônus de eficiência, com parcelas variáveis de acordo com o atingimento de metas.
Desde o início do mês, os auditores estão indignados porque o governo não apoiou a inclusão da categoria na Proposta de Emenda Constitucional n; 443/2009, que beneficiou as carreiras jurídicas e vincula os salários dos auditores a 90,25% dos subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). ;Desejamos tratamento equivalente. Não houve uma proposta do governo. Apresentaram pontos que não fazem parte das nossas prioridades, pois não nos valorizam;, enfatizou Cláudio Damasceno, secretário-geral do Sindifisco. Segundo fontes que participaram do encontro, o governo chegou a oferecer uma compensação em forma de bônus ou prêmio de eficiência, apenas para os ativos, mas a classe recusou.
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