Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse que o tamanho da crise, com juros e inflação elevados e desemprego em alta, causa um caos. "É primordial a redução dos juros. Também é preciso ter linhas de crédito e uma política industrial para o País, que hoje não existe", defendeu. "É preciso medidas para a retomada do crescimento porque essa crise vai passar. Pode demorar, mas vai passar", disse.
Questionado sobre a recente desvalorização da moeda chinesa yuan Pastoriza, da Abimaq, reconheceu que o movimento preocupa e defendeu que o Banco Central pare de intervir no mercado de câmbio. "O câmbio já andou, mas continua desequilibrado, favorecendo as importações", disse. O empresário afirmou ainda que o governo "jogou ao contrário" por oito anos, ao tentar manter o real supervalorizado, segundo ele, o que levou a um processo de desindustrialização no País.
Organizado também pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), o movimento contabiliza 5 mil manifestantes, todos usando um colete com o nome do evento: "Grito em Defesa da Indústria e do Emprego". De acordo com a Polícia Militar, 3 mil pessoas participam do ato na Avenida Paulista, que deve ser totalmente liberada às 13h, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).