O mês de junho de 2015 contou com um dia útil a mais do que em igual mês do ano passado, quando foi realizada a Copa do Mundo, o que favoreceu a maioria dos setores do varejo e levou a uma retração menos intensa nas vendas. O setor de supermercados e hipermercados, porém, não conseguiu se beneficiar desse elemento e intensificou o ritmo de queda entre maio e junho.
[SAIBAMAIS]"Todas as atividades mostram melhora interanual na comparação maio, exceto hipermercados e supermercados. Mesmo com todo esse efeito estatístico jogando a favor de 2015, ele fechou com taxa negativa", destacou Isabela Nunes Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do setor tiveram recuo de 2,7% em junho ante igual mês de 2014. "É um setor ligado à renda, e a massa salarial vem caindo, há perda de emprego. Tudo isso tem impacto nesse grupo. Ele costuma resistir a variações, mas vem sucumbindo às quedas consecutivas na renda", afirmou Isabela.
No geral, o comércio varejista restrito teve queda de 2,7% em junho ante igual mês do ano passado e 0,4% no comparativo com o mês anterior. Em maio, o recuo havia sido de 4,5% na comparação interanual. Esta foi a maior queda mensal desde 2003, quando a queda foi de 5,8%. No primeio semestre, o varejo registra queda de 2,2% em relação ao mesmo período no ano passado e interrompe 11 anos de taxas positivas.