O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% ao final de 2016 tem se fortalecido. A informação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (6).
O Banco Central tem prometido que, no ano que vem, a inflação ficará dentro da meta, mas para este ano a expectativa é de estouro do teto na meta. A projeção do BC para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano é 9%. A meta de inflação é 4,5%, com limite superior de 6,5%.
;Os avanços alcançados no combate à inflação ; a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo ; mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta;, avaliou o Banco Central , na ata do Copom.
Leia mais notícias em Economia
[SAIBAMAIS]Para o comitê, os riscos remanescentes para que as projeções de inflação do Copom atinjam com segurança o objetivo de 4,5% no final de 2016 são condizentes com o efeito defasado e cumulativo das últimas elevações da taxa básica de juros, a Selic. Mas o comitê ressalta que precisa se manter ;vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta;.
No último dia 29, o Copom elevou a taxa Selic pela sétima vez seguida. O Copom aumentou a taxa em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Com o reajuste, a Selic retornou ao nível de outubro de 2006.
A taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação. Ela é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle da inflação.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.