O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), afirmou nesta quarta-feira (5/8) ter participado de reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na qual foi informado do impacto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva salários na Advocacia-Geral da União e outros órgãos. Segundo o deputado, o ministro estima uma elevação de R$ 2 bilhões ao ano nos gastos dos cofres federais e de pelo menos R$ 15 bilhões dos Estados e municípios. O texto pode ser votado em primeiro turno nesta quarta-feira no plenário.
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Na terça-feira (3/8) os deputados rejeitaram um requerimento do governo para adiar a votação para o fim do mês. A proposta eleva os salários das carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e das procuradorias dos Estados e municípios, além de delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil. O texto propõe vinculação do subsídio aos salários recebidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O nível mais alto desses cargos poderia equivaler a 90,25% do subsídio mensal dos ministros.
De acordo com Rosso, a tentativa fracassada de adiar a votação foi um erro do governo. "O governo demorou a atuar e se continuar assim, vai perder todas", afirmou. Para o parlamentar, o governo precisa melhorar o acompanhamento legislativo, ao invés de apenas reagir quando é surpreendido.
Em reunião de líderes de partidos com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado propôs que a PEC seja votada com a separação de duas emendas aglutinativas. A primeira trataria dos reajustes para a AGU e delegados federais. A segunda agruparia os procuradores estaduais e municipais, além de delegados da polícia civil. Segundo Rosso, a proposta foi bem recebida pelos líderes.