Cresceu a inadimplência dos consumidores, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada nesta quarta-feira, 22/7, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou 21,5%, ante 21,3% em junho e 18,9% em julho de 2014.
Segundo nota distribuída pela CNC, "apesar da moderação no crescimento do crédito, a alta das taxas de juros, a persistência inflacionária e a queda na renda real do trabalhador provocaram impactos negativos nos indicadores de inadimplência".
[SAIBAMAIS]A PEIC mostrou que, em julho, o porcentual de famílias endividadas alcançou 61,9%, queda em relação aos 62,0% observados em junho e em relação aos 63,0% de julho de 2014. É a segunda queda consecutiva este ano, informou a CNC.
O porcentual das famílias que deverão permanecer inadimplentes atingiu 8,1% em julho - uma alta tanto na comparação com junho (7,9%) quanto na comparação com julho do ano passado (6,6). Segundo a CNC, é o maior patamar já registrado desde outubro de 2011. A proporção de famílias muito endividadas também aumentou nas comparações mensal e anual, alcançando 12,9% do total.
Segundo a PEIC, o tempo médio de adiamento do pagamento de contas ou dívidas em atraso foi de 59,8 dias em julho - abaixo dos 61,3 registrados no mesmo período do ano passado. O período médio de comprometimento de renda com as dívidas foi de 7,1 meses.
A PEIC considera todas as formas de endividamento e não apenas as dívidas financeiras, com bancos. O cartão de crédito, que é contabilizado como dívida mesmo quando pago em dia, é o principal motivo de débito para 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,3%) e, em terceiro, por financiamento de carro (13,5%).