A América Latina está na contramão do resto do mundo. Desacelera enquanto as demais regiões dão sinais de recuperação gradual, depois da crise financeira global, em 2008. Desde 2012, as economias latinas crescem menos que a média mundial e, pelas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), esse quadro não deve mudar tão cedo. Para especialistas, os países da região surfaram no boom das commodities, nos anos 2000, mas muitos não fizeram o dever de casa.
A fatura chegou e, para piorar, o Brasil ; maior economia da América Latina ; está mergulhado em recessão e arrasta os indicadores do continente para baixo. Tanto que o FMI, no último relatório, reduziu a projeção de crescimento da região de 0,9% para 0,5%, neste ano; e aprofundou a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1% para 1,5%. Mas instituições como a MB Associados e o Bradesco já esperam retração de 2,1% no país em 2015.
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Na opinião de João Augusto de Castro Neves, diretor do Eurasia Group, a região vive uma fase complicada. ;Este ano será muito difícil para a Argentina, o Brasil e a Venezuela, mas, mesmo em alguns países em melhor situação, há leve desaceleração por conta da queda nos preços das commodities;, explica. ;A região está se adaptando a uma realidade em que esse superciclo de commodities acabou;, resume Mario Castro, economista da Nomura Securities. Para ele, ainda levará vários anos para uma recuperação desse mercado.
O fato é que, neste momento de retomada no mundo, a região sofre também com a desaceleração da economia chinesa, parceiro comercial de peso de muitos países. ;O efeito da China pode ser devastador.
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