O acordo comercial negociado entre o Mercosul e a União Europeia foi defendido hoje (17) pelo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, durante a 48; Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. De acordo com Vázquez, a negociação dos países sul-americanos com a União Europeia deve ser feita em conjunto. Acrescentou que o acordo trará benefícios para os países do bloco.
Para o presidente uruguaio, é preciso enfrentar o desafio da integração. ;Em matéria de integração, não há milagres nem atalhos.; Vázquez disse ainda que, além de concretizar o acordo entre Mercosul e União Europeia, são necessários avanços em acordos com outros blocos comerciais.
[SAIBAMAIS]Tabaré Vázquez também comemorou a renovação por mais dez anos do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que tem por objetivo financiar obras de infraestrutura. ;Para o Uruguai, o Focem é uma das mais importantes ferramentas que o Mercosul aprovou. Sua continuidade adquire importância fundamental para nosso país-membro.;
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro avaliou que os países do bloco devem continuar explorando o caminho do diálogo respeitoso com a Europa na construção de um acordo. Segundo Maduro, o Mercosul e os Brics são os grandes atores do século 21. O Brics é o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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Maduro defendeu a retomada da ideia de criação de um banco do sul, tal como o Banco de Desenvolvimento dos Brics. ;Configurar a nova arquitetura hoje é possível. É possível não ser apenas um sonho e um discurso. É uma urgência e uma possibilidade;, esclareceu.
Nas negociações entre Mercosul e União Europeia, os dois lados montam uma lista dos produtos que podem ter tarifa zerada. A apresentação das ofertas comerciais deverá ocorrer no último trimestre deste ano.
Durante a reunião dos chefes de Estado, o Brasil transferiu a presidência pro tempore do bloco para o Paraguai.