Jornal Correio Braziliense

Economia

Grécia cumpre exigências para lançar negociações de terceiro resgate

Os ministros das Finanças da zona do euro realizaram já avaliaram os próximos passos e dar seu aval para lançar as negociações

Bruxelas, Bélgica - A votação do Parlamento grego na quarta-feira (15/7) cumpre satisfatoriamente com as exigências de seus sócios da zona do euro para começar a negociação do terceiro resgate financeiro acordado na segunda-feira, indicou nesta quinta-feira (16/7) uma porta-voz da Comissão Europeia. "O Parlamento grego deu um passo importante na reconstrução da confiança", indicou Annika Breidhtardt.

[SAIBAMAIS]As instituições credoras de Atenas constatam que "as autoridades gregas implementaram a primeira série de quatro medidas acordadas na Eurocúpula (de segunda-feira) de maneira pontual e em geral satisfatória", acrescentou. A Grécia deveria adotar na quarta-feira a reforma do IVA para arrecadar mais, melhorar o sistema de aposentadorias, tomar medidas para a independência do instituto de estatísticas e criar uma autoridade fiscal independente, assim como um mecanismo para reduzir os gastos em caso de desvio dos objetivos fiscais.

Os sócios de Atenas na zona do euro exigiram na segunda-feira ao governo de Alexis Tsipras esta primeira série de medidas para começar a negociar o terceiro resgate financeiro pedido na semana passada pela Grécia. Os ministros das Finanças da zona do euro realizaram nesta quinta-feira uma teleconferência para avaliar os próximos passos e dar seu aval para lançar as negociações. Durante a tarde comunicarão sua decisão.



Este novo programa, sujeito a condições extremamente duras para Atenas, chega a 82 bilhões de euros para os próximos três anos. Esta negociação não resolve, no entanto, as necessidades financeiras da Grécia no curto prazo. Em default com o Fundo Monetário Internacional, a Grécia também deve pagar na segunda-feira ao Banco Central Europeu 4,2 bilhões de euros.

Sem dinheiro em seus cofres, Atenas espera um empréstimo ponte de um fundo comunitário de 7 bilhões. Os fundos sairão do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, um fundo de resgate criado em 2010 que já foi utilizado para resgatar Portugal e Irlanda. Os 28 membros da UE devem dar seu aval para utilizar este mecanismo, algo que podem decidir na sexta-feira.