A equipe da agência de classificação de risco Moody;s deve chegar a Brasília na quarta-feira (15/7) para avaliação da nota do Brasil. Os representantes terão também encontros em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A maioria dos especialistas avalia que a nota do Brasil será rebaixada, mas continuará com o "selo" de grau de investimento. Conhecida pelo comportamento mais errático do que o das concorrentes Fitch e Standard & Poor;s, a Moody;s deve reduzir a nota do Brasil de "baa2" para "baa3", nível mais baixo do grau de investimento. A S fez o mesmo movimento no ano passado.
[SAIBAMAIS]
A avaliação negativa da Moody;s deve ser reforçada pela instabilidade política do governo da presidente Dilma Rousseff e o quadro adverso da economia, com baixo crescimento, inflação em alta e dificuldade da equipe econômica para fazer o ajuste fiscal.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que conseguiu evitar a perda do grau de investimento este ano pela S, tem alertado que o downgrade é um risco que não foi eliminado. Com essa advertência, o ministro busca mais apoio às medidas fiscais não apenas no Congresso, mas no próprio governo. O cenário agora é pior do que aquele encontrado pela missão da S em março passado.