O Conselho Nacional de Desestatização (CND), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a realizar leilão para contratar auditoria externa independente do processo de desestatização da Celg e a contratar diretamente o International Finance Corporation (IFC), por inexigibilidade de licitação, para a estruturação do processo de concessão da distribuidora, cujo controle é dividido pela Eletrobras e pelo Governo de Goiás.
Leia mais notícias em Economia
A autorização está publicada no Diário Oficial da União. Segundo o documento, os gastos com serviços de terceiros incorridos pelo BNDES serão ressarcidos pelos alienantes das ações. Os titulares das ações da Celg depositadas no Fundo Nacional de Desestatização (FND) ressarcirão o BNDES no prazo de até 24 meses, a contar da realização do último gasto feito pelo banco, caso a alienação de ações não seja concretizada. Se os recursos arrecadados com a alienação de ações da Celg não forem suficientes para reembolsar os gastos, os alienantes ressarcirão o BNDES no prazo de 60 dias, a contar do leilão de alienação, determina o documento.
Segundo o antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, maio, a Celg faz parte de um pacote de distribuidoras que o Grupo Eletrobrás pretende passar para as mãos de investidores privados. A ideia é fazer uma oferta única das distribuidoras da estatal no Piauí (Cepisa), Alagoas (Ceal), Rondônia (Ceron) e Acre (Eletroacre), e uma oferta em separado da Celg. Dona de uma dívida superior a R$ 3 bilhões, a distribuidora goiana pode ser leiloada por cerca de R$ 6 bilhões segundo estimativas internas da Eletrobrás.