Jornal Correio Braziliense

Economia

Mais de 11 mil brasileiros ficam sem emprego por dia no país, diz IBGE

Dados mostram que, somente nos cinco primeiros meses deste ano, 1,7 milhão de brasileiros engrossaram o exército de desempregados; agora, são 8,1 milhões de desocupados, o maior número desde 2012

A recessão criou um exército de 1,7 milhão de desempregados em apenas cinco meses no país. Com isso, o número de desocupados entre janeiro e maio atingiu 8,1 milhões, o correspondente a 8,1% da população economicamente ativa (PEA), o pior resultado desde 2012, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, incluindo sábados, domingos e feriados, o Brasil contabilizou, por dia, 11.291 pessoas sem trabalho formal.

Leia mais notícias em Economia

[SAIBAMAIS]O forte avanço do desemprego reflete o desastre econômico do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A inflação sistematicamente no teto da meta, de 6,5%, nos últimos quatro anos corroeu o poder de compra das famílias, que foram obrigadas a conter o consumo. Sem compradores, a indústria e o comércio reduziram a atividade e foram obrigados a demitir. Esse quadro se agravou neste ano, porque houve um choque de tarifas públicas, que levou o custo de vida para 9% e obrigou o Banco Central a aumentar a taxa básica de juros (Selic), para 13,75% ao ano.

As previsões para o mercado de trabalho são dramáticas, admitem os especialistas. É possível que, nos próximos meses, a taxa de desocupação passe dos 10%. Aqueles que ainda estão sendo admitidos não encontram mais oportunidades para negociação salarial, e a consequência disso tem sido a queda do rendimento real habitual, que cravou R$ 1.863 no trimestre terminado em maio ; recuo de 0,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior.

Pressionadas pelo custo de vida galopante, mais pessoas estão à procura de uma vaga no mercado de trabalho. Contudo, esbarram na escassez de oportunidades. ;Aqueles que estavam na zona de conforto, quando a economia crescia, estão, agora, tendo que procurar emprego para manter a renda e tentar aliviar a difícil situação financeira;, explicou o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.