O ministro da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo, assinou nesta quinta-feira (9) contrato para instalação de Terminal de Uso Privado na área da poligonal do Porto de Paranaguá, no município de Pontal, no Paraná. A previsão é de que a Subsea 7 do Brasil, empresa de origem norueguesa que atua no ramo de óleo e gás, invista R$ 103 milhões.
A operação anunciada hoje (9) no porto paranaense deve gerar cerca de 300 empregos diretos na fase de construção e 700 empregos na fase de operação. "Como é bom, em tempos de ajuste fiscal, assinar um contrato de investimento", celebrou o ministro. O porto será para movimentação de tubos de aço carbono rígidos e semirrígidos, bem como estruturas e demais componentes de sistemas submarinos.
O vice-presidente sênior da Subsea 7, Victor Bomfim, lembrou que o momento atual é de dificuldades para o setor de óleo e gás, sobretudo pela crise enfrentada pela Petrobras. Ele relatou que a cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, lembra Detroit, nos Estados Unidos, que entrou falência depois da crise de 2008.
"É muito difícil investir neste momento, é preciso muita coragem. Mas as perspectivas são boas porque existe óleo de qualidade. É preciso, porém, ver regulamentação sobre a lei do petróleo", afirmou Bomfim. Segundo o executivo, a cadeia de petróleo e gás responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, este ano, esse porcentual ser reduzido à metade. "É muita obra parada. Se não houver movimento rápido, passaremos por perda de valor e de capacitação", afirmou.
Para implantar a nova operação, a empresa adquiriu um terreno de 2,6 mil hectares. Desse total, 45 hectares serão para o terminal. "Investimentos como este no sistema portuário trarão modernização e eficiência nas operações, tornando nossos portos mais competitivos, gerando empregos e renda neste momento de ajustes da economia", disse o ministro dos Portos. "Estamos acelerando os processos internos para autorizar novos empreendimentos como este e para liberar as primeiras licitações de novos arrendamentos, bem como renovações antecipadas de contratos", relatou Edinho Araújo.