"Não posso falar pelo programa do FMI, porque ele continua válido, mas o resgate financeiro europeu expira em 30 de junho. Portanto, pelo menos do ponto de vista legal, o referendo terá a ver com propostas e acordos que já não são válidos. É uma questão legal", afirmou Lagarde.
Lagarde também alertou o governo grego liderado por Alexis Tsipras de que a Grécia deixará de ter acesso a qualquer financiamento do FMI se não reembolsar o Fundo em cerca 1,6 milhões de euros até 18h de terça-feira em Washington, o que equivale às 23h em Lisboa.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras anunciou sexta-feira (26/6) a intenção de convocar um referendo para 5 de julho. Ontem (27/6), o Eurogrupo recusou a concessão de novo prazo para a Grécia realizar a consulta ao povo. Tsipras quer saber se o povo grego se aceita ou não as condições dos credores internacionais para um acordo com Atenas.
[SAIBAMAIS]
O primeiro-ministro assegurou que o referendo sobre o resgate será realizado e não vai "pedir autorização" aos parceiros para "dar a palavra ao povo", prometendo continuar disposto a chegar a um acordo.
O anúncio de Alexis Tsipras foi feito no fim de um debate no parlamento com duração de 14 horas. No encerramento, foi votada a realização do referendo sobre as medidas propostas pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).