As autoridades europeias pediram a Atenas que apresente novas propostas antes da reunião de cúpula de segunda-feira em Bruxelas e um ministro grego deu a entender que o governo pode modificar a oferta.
Atenas e os credores devem retomar o diálogo no fim de semana para aproximar posturas e evitar o fracasso da reunião de chefes de Estado e de Governo da zona do euro, ao mesmo tempo que aumenta o temor de que a Grécia se aproxima da suspensão de pagamentos.
O ministro de Estado grego, Alekos Flamburaris, mencionou várias opções para poupar centenas de milhões de euros adicionais: acelerar o fim das pré-aposentadorias, uma ideia que o governo parece que aceitou, e a redução do nível de impostos sobre os lucros das empresas.
[SAIBAMAIS]"Vamos apresentar medidas que cobrem a diferença (entre as estimativas dos credores e as da Grécia a respeito das necessidades financeiras do país)", disse o ministro em uma entrevista ao canal Mega. "Mas vocês verão que não aceitarão a flexibilização orçamentária, nem nossa proposta sobre a dívida", completou.
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Os dois pontos são as condições fixadas por Atenas para assinar um acordo com os credores - União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - e que estes últimos liberem a quantia de 7,2 bilhões de euros, a última parcela do segundo resgate financeiro ao país.
Flamburaris não descartou uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nas próximas horas.
Tsipras retornará a Atenas neste sábado, após uma viagem a Rússia, que ele manteve na agenda apesar da turbulência a respeito de seu país e das advertências de Bruxelas e Washington.
Diante de uma situação "crítica", o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez um apelo na sexta-feira para que a Grécia alcance um acordo com os credores e evite um default (suspensão de pagamentos).
O governo dos Estados Unidos também pediu um compromisso urgente sobre um programa de reformas confiáveis.
A reunião de segunda-feira será uma das últimas oportunidades para encontrar um acordo até 30 de junho, data em que a Grécia deve pagar 1,5 bilhão de euros ao FMI para evitar um default de consequências imprevisíveis, que poderia provocar a saída do país da zona do euro.