s servidores da Eletrobras entraram hoje (11/6) no décimo dia de paralisação, em todo o país. A mobilização atinge 100% dos trabalhadores de todas as empresas do grupo, ;cumprindo todos os regulamentos;, disse à Agência Brasil o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia), Jorge Luiz Vieira da Silva.
Ele informou que a holding Eletrobras não apresentou nenhuma proposta aos servidores, que reivindicam o pagamento da participação no lucro e resultados (PLR) referente ao ano passado. Essa é a única questão levantada pela greve, que continua por tempo indeterminado, indicou Silva. O acordo coletivo ainda não começou a ser discutido.
;A empresa, na verdade, não trabalhou a discussão [do pagamento da PLR 2014] junto ao governo durante esse período todo, e agora está tendo dificuldade de apresentar uma proposta para a gente. Nós temos a concepção de que houve redução, no quadro, de mais de 5 mil pessoas ; do universo de 27 mi ;, e a empresa teve uma produtividade muito grande;, salientou.
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Segundo o presidente do Sintergia, a empresa alega que não teve lucro e ignora a produtividade das pessoas que trabalharam ;com afinco;, durante todo o período. Ele estimou que o pagamento do PLR equivaleria a duas folhas de pagamento. As classes salariais mais baixas receberiam, em média, mais de duas remunerações, enquanto os salários mais altos receberiam em torno de 1,8% ou 1,9% da folha.
;Mas, este ano, estamos discutindo um valor mais baixo, em relação ao conceito de produtividade. Só que a empresa não apresentou proposta nenhuma;, insistiu.
O sindicato está trabalhando com o percentual de pagamento da PLR 2013, no ano passado, que foi equivalente a 1,46% da folha. ;A gente está querendo receber, basicamente, a mesma coisa na PLR 2014;. Silva salientou que em 2013 houve prejuízo muito maior da empresa, da ordem de R$ 6,2 bilhões, enquanto no ano passado, esse valor caiu à metade, em torno de R$ 3 bilhões.