Jornal Correio Braziliense

Economia

Na Bélgica, Dilma diz que inflação é atípica e será derrubada

"O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação", disse a presidente

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (11/6) que a inflação oficial, que no acumulado de 12 meses chegou a 8,47% - a maior taxa desde dezembro de 2003, preocupa o governo, mas que é ;atípica; e conjuntural, afetada pela seca e pelas variações cambiais que desvalorizaram o real. ;[Os números] Preocupam bastante, porque a inflação é um objetivo que temos de derrubar e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação. Não pode e não vai;, acrescentou.



Perguntada se o Brasil está vivendo um momento de austeridade fiscal, como a Grécia, Dilma respondeu que a situação do país é muito diferente, sem desequilíbrio ou dificuldades estruturais, mas que todas as economias ainda sofrem os efeitos da crise financeira internacional de 2008. Naquela época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a crise a uma ;marola; que não atingiria com força o Brasil. Hoje, Dilma disse que a marola virou ;onda;, em referência à expressão usada por Lula.

;Naquele momento foi marola sim, óbvio. É que depois a marola se acumula e vira uma onda. Agora, sabe por que ela vira onda: porque o mar não serenou, meu filho;, disse, citando as dificuldades de recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia. ;São sete anos de crise nas costas;, calculou. Após a entrevista, Dilma embarcou para o Brasil e vai desembarcar em Salvador, onde participará da abertura do 5; Congresso Nacional do PT.