[SAIBAMAIS]O anúncio do pacote de infraestrutura foi adiado várias vezes, o que só aumentou a desconfiança. ;Até agora não se veem movimentos efetivos, como mudanças em modelos. Não estou nada otimista e acho que o mercado todo está desconfiado de que não vai sair nada dali;, sentenciou o especialista em Infraestrutura do Escritório L. O. Baptista-SVMFA, Fernando Mercondes. ;O cenário é difícil para o governo ter credibilidade. O risco regulatório é muito grande, a insegurança jurídica também. Quem é que vai investir num ambiente assim?;, indaga o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires.
Dentro do governo, no entanto, a cartada é considerada a salvação da lavoura. ;Na semana passada, tivemos o Plano Safra. Amanhã (hoje) teremos o lançamento do maior plano de investimento em logística da história do país;, afirmouo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva,
AprendizadoPara os especialistas, a única chance de o programa deslanchar é o governo flexibilizar condições e adotar regras de mercado, como reduzir ou eliminar a participação de estatais, ampliar prazos de concessão e não exigir modicidade tarifária. Na avaliação do economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, os modelos anteriores fracassaram porque não se mostraram atrativos e continham falhas que inibiam os investidores. ;Vamos ver se, desta vez, eles vão dar segurança jurídica para que o pacote seja aceito. Se vai emplacar, é difícil dizer;, destacou.
Uma das maiores restrições do mercado diz respeito à participação de estatais nos projetos. O caso mais emblemático é a modelagem ferroviária, que travou as concessões ao vincular o gerenciamento e a compra das cargas à Valec, estatal do setor. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Paulo Corrêa, quando esteve em Cingapura, sentiu a preocupação dos investidores estrangeiros. ;O risco fiscal é grande. Esse assunto está sendo analisado pelo governo;, garantiu, na ocasião. No caso dos aeroportos, a possibilidade é de que a participação da Infraero, de 49% nas concessões já feitas, caia para 15%.
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