Jornal Correio Braziliense

Economia

Espanha assina acordo para subir salários após três anos de congelamento

Embora o crescimento possa alcançar 2,9% em 2015, segundo as previsões do governo conservador, nem todos os espanhóis se beneficiam destas boas perspectivas

Patronais e sindicatos espanhóis assinaram nesta segunda-feira (8/6) um acordo para aumentar os salários, que estavam congelados há três anos, em 1% em 2015 e 1,5% em 2016, aproveitando a recuperação econômica do país.

Este pacto foi alcançado pelas patronais CEOE e Cepyme, que representa as pequenas e médias empresas, e os principais sindicatos do país, União Geral de Trabalhadores (UGT) e Comissões Operárias (CCOO).

Permanecerá em vigor por três anos, embora o aumento salarial para 2017 não tenha sido fixado pelos negociadores. "Este é um acordo apegado à realidade social", estimou o presidente da CEOE, Juan Rosell, em uma coletiva de imprensa.

A quarta economia da zona do euro voltou a crescer em 2014 com um aumento de 1,4% do produto interno bruto após cinco anos de recessão ou estancamento. Ao mesmo tempo, os preços do consumo recuam desde julho de 2014. "É um acordo muito valioso" que permitirá "deixar para trás a atual situação de crise e nos deixará falar de recuperação econômica", afirmou o secretário-geral da UGT, Cándido Méndez.



Embora o crescimento possa alcançar 2,9% em 2015, segundo as previsões do governo conservador, nem todos os espanhóis se beneficiam destas boas perspectivas. A taxa de desemprego é de 23,78%, a segunda mais alta da zona do euro, depois da Grécia.

Além disso, muitas das pessoas que conservaram seus empregos aceitaram quedas salariais durante os seis anos de crise na Espanha, cujo salário mínimo é de 645 euros em 14 parcelas.