Embora o indicador Clima Econômico da América Latina (ICE) ; elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo ; tenha constatado melhora no cenário econômico mundial no levantamento relativo aos primeiros quatro meses do ano, o relatório revisou o crescimento do produto mundial em 2015: a perspectiva agora é a de crescimento de 2,3% e não mais de 2,5%, como era esperado em estudo de abril do ano passado.
Divulgado nesta terça-feira (12/5), pela FGV, o relatório informa que, para a América Latina, a queda é ainda maior: o crescimento, antes previsto para 2,3%, passou agora para 1,3%. O ICE só se encontra em patamar favorável no Chile (aumento de 33% entre janeiro e abril de 2015); no Peru, o ICE recua da zona favorável para a neutra, e o Uruguai continua na zona neutra.
[SAIBAMAIS]Além do Chile, apenas a Argentina registrou aumento do ICE, embora ainda permaneça na zona desfavorável. Na comparação interanual, o clima econômico melhora apenas na Argentina (1,3%) e no Chile (19%).
No Brasil, todos os indicadores registram queda entre as duas últimas sondagens: ICE (-14%); Índice sobre a Situação Atual - ISA (-27%); e Índice de Expectativas - IE (-9,5%). Na comparação interanual, o recuo do ISA é 68% e, do ICE, 31%, mas o IE registra uma pequena alta de 2,7%.
;No entanto, como as expectativas continuam desfavoráveis e apontando para uma piora da situação daqui a seis meses, a pequena melhora em relação a abril passado tem um peso pequeno na avaliação da projeção do crescimento econômico;, conclui o relatório.