O Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou na manhã desta quinta-feira (16/4) que não se cogita no governo da extinção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). "O Carf é uma instituição centenária importantíssima. Problemas que têm por lá, tem que ser apurados e a Corregedoria da Fazenda está trabalhando nisso", afirmou. O secretário também disse que medidas serão tomadas e serão anunciadas em breve. "O secretário Barreto, que foi secretário da Receita também, recebeu uma determinação clara do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para fortalecer o Conselho. Um grupo de trabalho vai apresentar as aç%u014Des que levarão a esse fortalecimento", disse sem detalhar quais seriam as ações.
As declarações foram dadas no começo da tarde, ao sair do Fórum sobre lavagem de dinheiro para magistrados no Conselho de Justiça Federal. Nessa ocasião, Rachid revelou que "arrecadar está difícil, cumprir a meta está difícil". Para o secretário hoje a preocupação central é o ajuste fiscal, a PL da terceirização, que criarão um ambiente econômico favorável e assim, com a economia crescendo, " a arrecadação fica mais fácil", falou.
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"Se o Brasil perder o grau de investimento, fundos e empresas que aplicam aqui, terão que sair e outros não virão. Nós vamos perder uma década", enfatizou.
Na ocasião, ele revelou também que o Banco Central obriga investidores e os mais de cem mil brasileiros residentes no exterior a apresentar declaração bancária, mas que não há o intercâmbio dessa informações com a Receita. "Ter conta no exterior não é crime, o ponto é declarar essa conta para o fisco" reclamou.
Sobre o escândalo das contas secretas na Suíça, conhecido como Swissleaks", Rachid declarou ter recebido da França dados de 2006 e 2007. Apesar de considerar que são informações antigas, " são importantes para avaliar o comportamento de lá para cá", finalizou.