A segunda maior economia do mundo continua enfraquecida pela inflação, problemas no setor privado e o enorme escândalo de corrupção na Petrobras, segundo relatório do FMI.
Como as economias emergentes da China, Índia e África do Sul, o Brasil precisa implementar reformas na educação, trabalho e indústria para elevar a competitividade e a produtividade, afirma a instituição.
A América Latina, por sua vez, terá um segundo ano de crescimento ínfimo, inferior a 1%, em um cenário marcado pela crise da Venezuela e o estancamento do Brasil. A região terminará 2015 com um crescimento medíocre de 0,9%, sensivelmente abaixo da previsão de um decepcionante 1,3% que foi feita em outubro passado e mantida pela revisão de janeiro deste ano. Em 2016, a região deve ter um crescimento de 2,0%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve nesta terça-feira a previsão de crescimento econômico global para 2015 em 3,5%, em um contexto favorável de queda dos preços petroleiros. Para a zona do euro, o FMI revisou em alta a perspectiva de crescimento para 2015 e 2016, região favorecida pela queda dos preços do petróleo e as medidas de incentivo do Banco Central Europeu (BCE). Este ano o FMI prevê um crescimento de 1,5% para os 19 países da moeda única, três décimos a mais que em suas previsões de janeiro, enquanto que para 2016 a zona do euro expandirá seu PIB um 1,6%, dois décimos a mais que em janeiro.
A China, por sua vez, deve realizar suas prometidas reformas e reequilibrar sua economia para evitar riscos financeiros. O FMI prevê um crescimento menor de 7% em 2015 para a segunda economia mundial.
Segundo o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 6,8% este ano e 6,3% em 2016, mantendo assim suas previsões de janeiro.
Depois de registrar um crescimento de 3,4% em 2013 e 2014, a economia mundial parece percorrer um caminho sustentável de leve aceleração, com 3,5% em 2015, que deverá seguir em 2016 com 3,8%.