Jornal Correio Braziliense

Economia

Com insignificante participação no mercado, Brasil redescobre o diamante

O país já foi o maior produtor do mundo desse mineral. A situação, no entanto, pode mudar com os investimentos em curso no setor. Contrabando de pedras ainda é grande



;Para um geólogo da área, o Brasil é o país mais frustrante do mundo;, diz Mark Van Bockstael, chefe de inteligência de mercado da Antwerp World Diamond Center (AWDC), uma fundação na cidade belga que concentra 50% do mercado de diamantes brutos do mundo e 84% dos lapidados. O potencial ainda inexplorado no país é imenso. Segundo a CPRM, há 1.325 depósitos de kimberlitos, ou minerais associados, onde podem ser descobertos os depósitos primários de diamantes ; de onde são levados para os rios pela erosão. ;Desses, provavelmente 20 são economicamente viáveis;, afirma Silveira.

Reservas
Fábio Borges, diretor financeiro da Lipari, aposta que a exploração de diamantes subterrâneos no Brasil pode crescer muito. ;O Canadá não tinha nenhuma mina no início dos anos 1990. Hoje tem nove. E lá é muito mais difícil de implantá-las, porque as reservas estão em locais remotos, no meio do gelo. A nossa está a 10km de uma rodovia federal;, compara. Em sete anos, a Braúna poderá atingir a produção de 360 mil quilates, 7,5 vezes a produção total do país no ano passado.

Para o diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde, o dólar alto poderá impulsionar investimentos em lavras subterrâneas. ;A valorização do real faz diminuir o garimpo. O contrário também é verdadeiro;, analisa. Ele atribui a demora para a consolidação de novos projetos à crise de 2008. Os preços caíram e empresas estrangeiras que tinham planos de iniciar a exploração na Chapada dos Guimarães (MT) e no Vale do Jequitinhonha (MG) viram as ações despencar, perdendo a capacidade de consolidar os planos no país.

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