Embora o dólar tenha diminuído no fim da tarde, nesta manhã, em meio às previsões nada animadoras do mercado financeiro sobre a economia brasileira em 2015, o dólar abriu os negócios em alta de mais de 1% ante o real. Às 10h30, a moeda norte-americana avançava 0,47%, cotada na venda a R$ 3,25.
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Sob pressão, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, adiou anúncio de superavit primário de fevereiro. A entrevista coletiva, que estava prevista para esta segunda-feira às 15h, foi suspensa a apenas 10 minutos antes da divulgação do relatório do Resultado Primário do Governo Central (que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).
Levy, por sua vez, vem tendo problemas de comunicação com o governo. Toda vez que comenta alguma coisa da política econômica do gestão anterior, a presidente o contradiz em público, o que vem causando saias justas no governo e cosequente volatilidade nos mercados.
Alta
O dólar valorizado pressiona os preços no mercado interno, aumentando a inflação, e é ruim para quem vai viajar. Mas, em um ano em que é prevista retração do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), o fortalecimento da moeda norte-americana pode dar algum fôlego às exportações e, por tabela, à própria atividade econômica. O dólar tem fechado acima dos R$ 3. A previsão de investidores ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC), é que a divisa encerrará o ano em R$ 3,15.