Mesmo com um crescimento bastante fraco no Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, de apenas 0,1%, o Brasil conseguiu se manter em 7o lugar entre as 10 maiores economias do planeta. Pelas contas do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o país permaneceu com dificuldade na mesma colocação no ranking do ano passado, com um PIB de US$ 2,366 trilhões. Mas, considerando uma queda de 0,83% do PIB em 2015, que é a previsão mais otimista do mercado, o país vai perder a posição para a Índia neste ano e cairá para a oitava colocação e o PIB brasileiro encolherá para US$ 1,735 trilhão e o da Índia saltará de US$ 2,113 trilhões, em 2014, para US$ 2,332 trilhões, este ano.
[SAIBAMAIS];O resultado não surpreendeu, mas diante da piora no quadro econômico este ano, será inevitável que o país perda posições no ranking global;, alertou Agostini, que estima uma queda de 1,4% do PIB brasileiro neste ano. Para ele, o país conseguiu se manter na sétima posição ;à duras penas;.
O ranking global continuou com Estados Unidos em primeiro lugar, com PIB de US$ 17,459 trilhões, e a China em segundo, somando US$ 10,463 trilhões. O terceiro lugar manteve-se com o Japão, com um total de US$ 4,576 trilhões em riquezas.
Considerando o apenas o desempenho do PIB trimestral em um outro ranking elaborado pela Austin, o país está ruim na foto. Considerando 49 países que já publicaram seus respectivos resultados, o Brasil, com queda de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2013, ficou na 45; colocação, a frente apenas de quatro países: Rússia (-0,3%), da Itália (-0,5), do Japão (-0,8) e da Ucrânia (-15,2%).
;É claro e evidente que o principal motivo que tem feito o Brasil ainda derrapar nos rankings de avaliações econômicas como este do PIB trimestral, ou mesmo alguns de competitividade como, por exemplo, o Doing Business 2014, do Banco Mundial, e que o Brasil ocupa a 116; posição entre 189 nações, é a gestão equivocada da política econômica;, resumiu Agostini.
;Tais resultados reforçam a tese de que há profundos problemas na gestão da política econômica brasileira, com destaque para a atabalhoada política monetária de juros, que corre atrás do prejuízo causado com a leniência com a inflação no passado, atividade econômica em retração, aumento do pessimismo entre empresários e consumidores, além do aumento da desaprovação ao governo federal;, completou.